Ressonância magnética: entenda como funciona, principais tipos e funções

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Como sabemos, o interior do nosso corpo é constituído por uma série de órgãos, cavidades e fluídos. Estamos suscetíveis a uma série de doenças que acontecem interna e silenciosamente, sem que ao menos percebamos. É por isso que a máquina de ressonância magnética se tornou equipamento crucial nos hospitais e instituições de saúde. 

Considerada um dos maiores avanços do século em diagnóstico médico por imagem. ressonância magnética é um exame capaz de criar imagens de alta definição dos órgãos internos, usando campo magnético. O equipamento é muito importante para a detecção e acompanhamento de doenças. 

Por meio do exame, é possível analisar a presença doenças neurológicas, ortopédicas, abdominais e cardíacas, além de fazer o diagnóstico de tumores, doenças degenerativas, coágulos e traumas. A ressonância eficaz também para diagnosticar esclerose múltipla, tumores no cérebro e na glândula pituitária, infecções no cérebro e nas articulações, infecções na medula espinhal tendinite, derrame em estágio inicial, ligamentos rompidos no pulso, joelho e tornozelo.

Por ser tão essencial para pacientes, médicos e gestores hospitalares, vamos te explicar nesse artigo como a ressonância magnética funciona, como é feita e os principais tipos de ressonância realizados. 

Como funciona?

O aparelho captura a agitação das moléculas geradas pelo campo magnético presente na máquina, que funciona como um ímã, onde as moléculas de hidrogênio do nosso corpo ficam alinhadas com o campo magnético. O aparelho transfere então essas moléculas para um computador que foi preparado por meio de uma série de fórmulas matemáticas. 

O resultado dos cálculos é decodificado em imagem em alta definição, de acordo com a potência de até 3 tesla do aparelho de ressonância, sem prejuízo ao paciente. 

Como a ressonância é feita

Para fazer a ressonância magnética, a pessoa deve remover todos os objetos de metal – brincos, botões, zíperes, etc. Em seguida, deitada em uma maca, a parte do corpo a ser estudada é coberta por um dispositivo denominado bobina, que ajuda a potencializar o efeito do campo magnético e melhorar a qualidade da imagem. 

Em seguida, a cama desliza para um tubo grande, e o paciente deve ficar parado ao longo e até o final do exame para não comprometer os resultados. Como pequenos movimentos podem afetar o exame, os especialistas às vezes precisam imobilizar certas partes do corpo.

Existem ainda casos em que o profissional da saúde deve utilizar contraste intravenoso para ressaltar lesões e

Principais tipos

A ressonância magnética pode ajudar a identificar uma grande gama de doenças e diagnósticos, podendo ser utilizada para detectar e acompanhar condições em vários locais do corpo. Confira agora alguns dos tipos de ressonância magnética mais comuns:

  • Ressonância magnética do crânio

Investiga alterações nos vasos sanguíneos do crânio, hemorragia interna espontânea no hipertenso, trombose cerebral, tumores cerebrais, inflamações, infecções no cérebro, Alzheimer, demência, esclerose múltipla, etc. 

  • Ressonância magnética da coluna e articulações sacro-ilíacas

Avalia problemas na coluna, como espondilite anquilosante e medula espinhal, como tumores, calcificações ou fragmentos de ossos, após fraturas ou corpo estranho em casos de ferimento por arma de fogo.

  • Ressonância magnética das articulações (ombro, cotovelo, punho, joelho ou tornozelo)

Tem como objetivo avaliar tecidos moles da articulação, como bursites, tendinites e ruptura de ligamentos.

  • Ressonância magnética do tórax, abdomen ou bacia

Tem como função diagnosticar infecções, inflamações, tumores ou massas em órgãos como intestino grosso ou intestino delgado, vesícula seminal, próstata, útero, ovários, coração, pneumonias, bexiga, enfisemas, pâncreas, etc.

Potência do equipamento de ressonância

Os equipamentos de ressonância magnética podem ter uma variedade de potência, que é avaliadada pela intensidade do campo magnético, ou seja, do seu magnetismo.

Varia entre menos de 1, até 3 Tesla. Confira abaixo algumas das potências possíveis da ressonância e as características de cada equipamento: 

1. Potência abaixo de 1 Tesla

São equipamentos de campo aberto, usados para realizar exames de extremidades corporais, com baixa qualidade de imagens.

2. Potência de 1 Tesla

Essa potência está presente nos aparelhos fabricados até 2002. Apresente um desenho de campo pouco eficiente, sem tantas funcionalidades e imagens de baixa qualidade. Atualmente, o equipamento com essa potência é utilizado na área da veterinária. 

3. Potência de 1,5 Tesla

Equipamentos com potência de 1,5 Tesla costumam ser os preferidos das clínicas de radiologia pela facilidade e praticidade de uso, atendendo bem aos objetivos da. É o suficiente para a maioria dos exames e realizado de rotinas nos exames médicos.

4. Potência de 3 Tesla

Esse equipamento costuma ser muito desejado, mas ainda está em fase de estudos e avaliações para certas condições. Dispositivos implantáveis antigos, como marcapassos, não possuem proteção suficiente para o campo magnético. Também não há estudos suficientes abordando a segurança do uso em mulheres grávidas.

Ressonância magnética de campo aberto x campo fechado

Os aparelhos de campo fechado são os mais comuns no mercado atualmente. Nesse exame, o paciente deve entrar na máquina, com desenho semelhante a uma tomografia e abertura de 60 a 70 cm na boca de entrada do paciente para realizar o exame. Esse equipamento de ressonância costuma utilizar de 1 a 3 Tesla de potência.

Os equipamentos de ressonância de campo aberto, por outro lado, são aqueles em que o paciente não precisa entrar na máquina para realizar o exame. O aparelho possui um imã permanente que conta uma potência de 0,35 Tesla e também, é aberto dos 3 lados. Costuma ser indicado para claustrofóbicos, pessoas com obesidade avançada, entre outros casos. 

Diferença entre um equipamento de ressonância magnética de campo fechado e campo aberto.

Ressonância magnética é um equipamento essencial!

Como você já pôde ver, a ressonância magnética é um equipamento muito importante nas insituições de saúde, peça fundamental para o diagnóstico e acompanhamento de múltiplas condições em diversos locais do corpo. Por isso, é importante entender como esse aparelho funciona, suas funcionalidades e tipos. 

No próximo artigo, vamos te explicar como fazer a manutenção de equipamentos de ressonância magnética

Até lá, recomendamos a leitura do artigo sobre os cuidados básicos com seu equipamento hospitalar. 

Sylvia Amorim

Sylvia Amorim

Sylvia Amorim é assistente de conteúdo na Arkmeds, formada em Jornalismo pela PUC Minas Coração Eucarístico e pós-graduanda em Comunicação Digital e Mídias Sociais no Centro Universitário UNA. Atua com produção de conteúdo no blog, nas redes sociais (Facebook, Instagram e LinkedIn) e materiais completos da Arkmeds e do Instituto E-Class, com o objetivo de transmitir informações assertivas e úteis para quem precisa.
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