Boas práticas abrangem um conjunto de procedimentos que visam garantir a qualidade, eficácia e segurança de um produto. Quando o assunto são equipamentos hospitalares, as boas práticas incluem desde as estratégias para aquisição desta tecnologia, até os processos de monitoramento de utilização.
A implantação das boas práticas para equipamento hospitalar serve tanto para cumprir as recomendações da Vigilância Sanitária, como para garantir a segurança dos colaboradores e do paciente. Para tanto, é necessário atentar-se para cinco cuidados básicos com estes equipamentos. Confira!
1. Cuidados na aquisição do equipamento hospitalar
A primeira recomendação na aquisição de um equipamento hospitalar é que ele possua as indicações clínicas requeridas ao serviço de saúde em questão. Também é necessário que o equipamento esteja em condições adequadas para uso e atenda as regulamentações sanitárias vigentes sobre desempenho, instalação e manutenção.
Para realizar a aquisição do equipamento é fundamental constituir uma equipe técnica e clínica, que fará a análise dos equipamentos existentes no mercado e definirá a melhor tecnologia, conforme a relação custo x benefício.
Em seguida, a equipe de engenharia clínica do hospital fará o acompanhamento do recebimento, aceitação das condições de instalação e procedimentos de utilização.
2. Registro e documentação das atividades executadas no equipamento
Desde a instalação até a calibração e manutenções realizadas no equipamento, todas as informações devem ser registradas, armazenadas, datadas e assinadas pelo responsável.
Este registro permite rastrear os eventos que ocorreram antes ou depois de determinada atividade e servirão para investigar as causas de possíveis problemas decorrentes da utilização.
3. Limpezas, desinfecção e esterilização dos equipamentos
Os cuidados com a limpeza e esterilização do equipamento são muito importantes para garantir a durabilidade do equipamento e a segurança de uso pelos pacientes. Dependendo do grau de risco associado a sua utilização, esses procedimentos de cuidado e manutenção serão diferentes.
Limpeza
O processo de limpeza diz respeito, apenas, à remoção da sujeira que se acumula no equipamento. O ideal é limpar as superfícies externas com pano úmido, água e sabão neutro ou verificar as informações específicas do fabricante.
Desinfecção
O procedimento de desinfecção deverá ser executado sempre que alguma parte do equipamento entrar em contato direto com o corpo do paciente. Esse contato faz com que seja necessário a redução da carga microbiana para a próxima utilização.
É importante analisar o tipo de produto desinfetante ideal para ser usado em cada equipamento.
Esterilização
Já a esterilização, é necessária quando existe o contato do equipamento com sangue ou fluidos biológicos do paciente, fazendo com que o risco de contaminação seja maior. Neste caso, é necessário o uso de produtos específicos para exterminar as formas vivas de micro-organismos e as formas esporuladas, que são as mais resistentes.
4. Calibração do equipamento
A calibração é um processo muito importante para assegurar as condições normais de funcionamento do equipamento e tem por objetivo verificar se padrões específicos estão dentro da tolerância determinada.
Em algumas situações, a padronização do equipamento é feita no momento da utilização para atender as características clínicas dos pacientes. A periodicidade da calibração garantirá confiabilidade e otimização dos equipamentos além de segurança para o colaborador.
Este serviço pode ser feito pelo setor de engenharia clínica do hospital ou por empresas especializadas.
5. Manutenção preventiva e corretiva
A vida útil de um equipamento hospitalar é influenciada, diretamente, pelo tipo de manutenção realizada.
A manutenção preventiva objetiva anteceder o surgimento das falhas e, assim, prolongar a vida útil da tecnologia. É feita por meio de um roteiro elaborado pelo serviço de engenharia clínica do hospital, relacionando as peças dos equipamentos para avaliação da produtividade, segurança e desempenho.
A manutenção corretiva ocorre quando um equipamento já apresentou falhas, seja de utilização inadequada ou sobrecarga da tecnologia. Neste caso são executadas ações para corrigir a falha já instalada.
Os cuidados básicos com um equipamento hospitalar começam desde o processo de aquisição e deve perdurar, continuamente, com os serviços de manutenção corretiva e preventiva.
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