A engenharia clínica é uma área relativamente nova e tem como atribuições a gestão das tecnologias em saúde (medicamentos, equipamentos, materiais médicos, etc), treinamento de pessoal técnico e clínico sobre padrões e regulamentos das autoridades sanitárias e segurança do trabalhador no ambiente hospitalar.
A segurança do trabalho em hospitais envolve a identificação dos perigos na versão macro e microambiental. Além disso, o método se propõe a identificar, investigar e indicar medidas para evitar possíveis acidentes de trabalho.
Identificação dos perigos macroambientais dos hospitais
Os perigos macroambientais se referem à infraestrutura do ambiente hospitalar. No primeiro momento, deve ser avaliado a integridade das paredes e pisos do hospital e o fluxo de pessoas. As paredes não podem conter infiltrações, pois aumenta a umidade do ambiente e facilita a proliferação de micro-organismos.
O piso não pode conter rachaduras e deve ser resistente aos produtos químicos que serão aplicados. O fluxo de pessoas deve ser sempre no sentido do ambiente com potencial de contaminação menor para o ambiente com maior potencial de contaminação.
As portas devem estar dentro das regras de normatização diferenciada conforme o serviço prestado e restrição de circulação dos colaboradores do hospital
Identificação de insalubridades e periculosidades
É importante fazer uma análise criteriosa dos setores do hospital para identificar os perigos hospitalares relacionados à insalubridade e periculosidade.
A primeira é conceituada como exposição a agentes nocivos a saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da característica, intensidade e do tempo de exposição ao agente. Um exemplo de insalubridade é a exposição à radiação ionizante. Nesse caso, é fortemente recomendado o uso do dosímetro.
A periculosidade se refere ao contato permanente com produtos inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. A utilização correta dos equipamentos hospitalares e a manutenção preventiva destes pode diminuir esses problemas.
Classificação e prevenção dos riscos ocupacionais
Risco ocupacional é a probabilidade de ocorrência de algo inesperado no ambiente de trabalho. É importante reconhecê-los e propor medidas corretivas e preventivas.
1. Riscos físicos
São os ruídos, temperaturas excessivas, radiações e umidade. Para amenizar esses riscos, são utilizados protetores auriculares quando os colaboradores estão manuseando um equipamento que emite muitos ruídos.
Para temperaturas excessivas recomenda-se a monitoração com termômetros apropriados, reajuste dos equipamentos (como berços aquecidos) e utilização de ventilação quando aplicável. Para problemas de umidade, a medida mais assertiva é solicitar o serviço de manutenção do hospital e manter o local arejado.
2. Riscos químicos
São os produtos químicos utilizados no hospital para desinfecção, esterilização, limpeza e também na manutenção de equipamentos hospitalares (óleos, solvente, etc).
As medidas incluem orientação periódica do trabalhador, uso de equipamento de proteção individual, diminuição da exposição aos produtos mais tóxicos e realização de exames clínicos conforme determinação do setor responsável.
3. Riscos ergonômicos
Se referem ao esforço físico, levantamento de peso, jornada de trabalho prolongada, plantão noturno e outros que podem causar estresse físico e mental. As estratégias para minimizar esses riscos são ginástica laboral, atividades de socialização e descontração no ambiente de trabalho e tratamento personalizado para cada colaborador.
4. Riscos biológicos
São os micro-organismos presentes no hospital. Medidas corretivas devem ser avaliadas junto ao Serviço de Infecção Hospitalar da instituição.
Como medida preventiva, deve-se verificar a imunidade de todos os colaboradores através da conferência do cartão de vacinas e a instituição de equipamentos de proteção individual para aqueles que mantêm contato direto com pacientes altamente infectados
A segurança do trabalho em hospitais envolve a identificação dos riscos e avaliação da exposição à insalubridade e periculosidade. Se quiser ler mais artigos como esse, assine nossa newsletter!
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