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Como evitar que os altos custos de manutenção prejudiquem sua gestão?

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É fato que estamos vivendo em um momento delicado na economia brasileira. Os custos de manutenção de equipamentos médicos, aumentaram e muito.

Com isso a necessidade de driblar alguns desafios da gestão desse maquinário é ponto chave dentro de instituições de saúde.

Em particular, o setor de engenharia clínica, aplicando um método de logística hospitalar adequada pode vir a reduzir custos. De todas as despesas que cabem em um hospital, o seu parque tecnológico se destaca como o que mais gera custos.

Atualmente, as instituições de saúde estão dando maior atenção às tecnologias envolvidas nos hospitais e seu uso no cuidado dos pacientes. Isso porque prevenir é sempre melhor que remediar, não é mesmo?!

A partir daqui, daremos algumas dicas de como evitar gastos desnecessários e como fazer com que a sua gestão do parque tecnológico de seu hospital seja excelente!

Boa leitura!

Planejamento

É fato que para reduzir custos de manutenção de equipamentos médicos é preciso inicialmente fazer um planejamento dessas manutenções.

Sabemos que em geral existem dois tipos de manutenção em equipamentos médicos, a manutenção corretiva e a manutenção preventiva.

Manutenção preventiva é aquela que busca impedir um acontecimento falho, evitando-o antes mesmo que aconteça.

Manutenção corretiva é aquela realizada após a quebra ou falha de um equipamento, ou seja, a correção das falhas.

Portanto o planejamento é feito em cima das manutenções preventivas, já que as corretivas não tem como ser antecipadas.

Primeiros passos para a elaborar um planejamento de manutenções preventivas são:

O planejamento, quando bem elaborado, diminui consideravelmente gastos futuros com os equipamentos.
O planejamento, quando bem elaborado, diminui consideravelmente gastos futuros com os equipamentos.

Mapeamento do parque tecnológico

O primeiro passo é fazer o levantamento de todos os equipamentos existentes nas dependências do hospital. É importante que todas as informações do equipamento sejam de fácil acesso, como:

  • Dados de identificação do equipamento (nome, data de aquisição, código de rastreio, etc.);
  • Grau de risco;
  • Localização;
  • Histórico de manutenções (ficha vida).

Tendo esses dados prontos para serem revistos mediante a uma necessidade já faz com que o planejamento já seja iniciado de forma organizada.

Levantamento das dificuldades com os equipamentos

Nesse ponto, não há segredo, todos os colaboradores de usam os equipamentos devem expor as dificuldades que enfrentam com cada equipamento.

Dessa forma é possível levantar as falhas iminentes a esses equipamentos.

Cronograma

De acordo com os dados coletados monta-se um cronograma de acordo com as necessidades.

Quanto ao planejamento você pode ter mais detalhes em outro artigo que publicamos “Planejamento de Preventivas em 5 passos”.

Avaliação dos custos de manutenção

Em 2015 as despesas com manutenção e assistência técnica hospitalar em comparação com os anos de 2013 e 2014 cresceram 15,6%, de acordo com relatório lançado pela Associação Nacional de Hospitais Privados, a ANAHP.

Portanto algo deve ser feito em relação às práticas que podem estar prejudicando o setor de manutenção e engenharia clínica e o que deve ser feito para ter maior controle e reduzir custos.

De acordo com o manual de gerenciamento e manutenção de equipamentos médicos do Ministério da Saúde, os valores médios anuais de manutenção devem girar em torno de 7% do valor de aquisição do equipamento.

Portanto para levantar esse valor é preciso buscar o custo médio de aquisição dos equipamentos. Valores maiores que este, podem servir como argumento para a desativação da equipe de engenharia clínica e contratação de serviços externos, tendência seguida por hospitais de pequeno porte.

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Os valores médios anuais de manutenção devem girar em torno de 7% do valor de aquisição do equipamento, segundo o MS.

Terceirizar ou não?

Muitos hospitais ainda tem uma visão muito fechada quanto a implantação de um setor próprio de manutenção. Claro que depende do porte de cada instituição de saúde.

É certo que quando não há uma equipe especializada em engenharia clínica dentro da instituição de saúde as manutenções ficam a mercê de pessoas que talvez não estejam tão preparadas para exercer a função de da gestão do parque tecnológico.

Como sabemos, a falta de preparo de uma equipe ou pessoa responsável por equipamentos de alta tecnologia pode gerar – e gera – perda financeira.

É fato que, quando existe certa urgência na corretiva de algum equipamento, o hospital precisa enviar o equipamento para manutenção externa e, em geral, só fica sabendo do valor depois que o serviço foi realizado.

Se isso se repete com frequência os custos de manutenção se tornam altos demais.

Uma opção para um hospital de pequeno porte é, por exemplo, elaborar contratos precisos e rigorosos com prestadores de serviço de engenharia clínica e assim evitar falhas ou perdas.

Já para hospitais de grande porte, com parque tecnológico avançado, a melhor opção é ter uma equipe de engenharia clínica interna.

Isso porque a engenharia clínica possibilita a redução de custos  de manutenção e aumenta a eficácia dos procedimentos relacionados com a tecnologia na saúde. Além de que reduções acontecem em sua maioria nas áreas de manutenção.

Para isso, o engenheiro clínico precisará coletar dados pertinentes e confiáveis que identifiquem as áreas que apresentam potencial para redução de custos.

Em resumo…

Para evitar os altos custos de manutenção, é importante que diretores, gestores e demais funcionários envolvidos se reúnam e façam o planejamento – isso inclui mapeamento do parque tecnológico, levantamento das dificuldades enfrentadas e cronogramas.

Também avaliar os custos atuais de manutenção e por fim, decidir qual a melhor opção para instituição de saúde naquele momento, optando por terceirizar ou implementar uma equipe interna de engenharia clínica.

É preciso buscar dados precisos sobre os processos de cada instituição de saúde para assim tomar a decisão que melhor se encaixe a realidade. E ter profissionais capacitados a frente desse tipo de função é fundamental. 

Espero que esse artigo tenha lhe ajudado a compreender um pouco mais sobre como evitar os altos custos de manutenção e melhorar a sua gestão.

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Thiago Bajur

Thiago Bajur

Thiago Bajur é co-fundador da Arkmeds. Escreveu um livro aos 11 anos de idade, o Zot. Estudou Engenharia de Sistemas Médicos na OVGU, Magdeburg Alemanha. Desenvolveu o primeiro analisador de segurança elétrica automático do Brasil. Já foi Juiz na German RoboCup, maior evento de Robótica do mundo. É Apaixonado por inovação e quer transformar a forma como é vista a Engenharia Clínica.
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