O sistema circulatório humano é formado, basicamente, por três componentes: sangue, coração e vasos sanguíneos. O sangue é produzido na medula óssea vermelha e flui pelas veias, artérias e capilares sanguíneos. O sangue, classificado como tecido conjuntivo líquido, possui o importante papel de transportar substâncias pelo nosso corpo, como nutrientes, oxigênio e gás carbônico, além de ser crucial para a regulação e proteção do corpo humano.
Entre as células sanguíneas, as plaquetas, ou trombócitos, desempenham função crucial para a proteção do nosso organismo. As plaquetas são capazes de formar coágulos de sangue, a fim de impedir uma hemorragia, quando for necessário.
Por isso, em exames laboratoriais, a contagem dos trombócitos é importante para avaliar o paciente e diagnosticar doenças – caso seus níveis estejam baixos ou altos. Os níveis de plaquetas podem ser essenciais para o tratamento e descoberta de condições, além de impedir hemorragias.
Por serem tão importantes, o sangue e as plaquetas devem ser bem manuseados e armazenados. Em grande parte dos procedimentos laboratoriais a constante movimentação de bolsas com trombócitos é necessária para impedir a coagulação do sangue. É nesse objetivo que o agitador de plaquetas é essencial, responsável por manter essa agitação constante, o que minimiza os impactos no metabolismo das plaquetas e evita o agrupamento de partículas.
A principal função do agitador de plaquetas é armazenar os trombócitos concentrados em um movimento horizontal contínuo, à uma temperatura específica que garante o bom estado do sangue, Um lote contém 240×109 plaquetas. Além disso, existem ainda as soluções nutritivas para transferência de oxigênio que podem prevenir a formação de coágulos no sangue.
A aplicação de solução de ressuspensão adicional pode manter a viabilidade plaquetária, mesmo quando 90% do plasma é retirado. A aplicação de sódio, adenina e glicose pode ser necessária ao longo do processo para manter a vitalidade, além de outros açúcares que também podem ser usados para estabilização da membrana celular e prevenção de hemólise.
Considerando tudo isso, o agitador de plaquetas é um dos equipamentos mais importantes para o armazenamento correto das plaquetas! Antes de irmos mais a fundo na essencialidade desse equipamento, vamos entender melhor o que envolve o armazenamento dessa célula sanguínea. Confira:
Aspectos do armazenamento de plaquetas
Desde o momento em que o sangue é colhido do doador até chegar ao paciente que irá recebê-lo, as instituições de saúde devem seguir uma série de regras importantes para garantir a qualidade do sangue, utilizando materiais específicos. Confira abaixo alguns aspectos do armazenamento de plaquetas:
Saco
O saco em que as plaquetas estão armazenadas é muito importante para o bom funcionamento do agitador e o armazenamento eficiente e seguro dessas células. Ele deve ter uma superfície inerte, para que as plaquetas não se juntem ali e formem coágulos. Por isso, os sacos são feitos de um material especial feito de plástico, que funciona como uma membrana semipermeável para o oxigênio.
Temperatura
Os trombócitos são armazenados em uma temperatura de 20 a 24 ºC. A manutenção da temperatura também interfere na qualidade das plaquetas e pode comprometer o sangue armazenado. Por isso, uma máquina hermética que realize o check up da temperatura também é recomendável. Caso não seja possível ter acesso a essa máquina, as plaquetas devem ser armazenadas em um local que seja capaz de manter essa temperatura.
Agitação
O armazenamento das plaquetas deve ser feito no agitador, que consegue:
- Garantir agitação satisfatória no saco, incluindo a troca de gases por meio da parede do saco;
- Evitar a deformação ou o amasso do saco;
- Trabalhar com uma variedade de velocidades.
O concentrado de plaquetas é agitado desde a data de sua produção até a sua destinação para um paciente. Ao longo desse período, devem ser agitadas em uma frequência estável, geralmente uma oscilação por segundo.
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Importância do agitador de plaquetas
As plaquetas são cruciais para o bom funcionamento do organismo. Sem elas, ou diante da diminuição dessa célula, o corpo apresenta grandes dificuldades para coagular sangramentos e feridas, por exemplo. Quanto mais baixas as plaquetas, maiores são os riscos de complicações decorrentes de trombocitopenia. A hemorragia interna pode ocorrer principalmente quando a contagem de plaquetas cai para baixo de 10 mil por microlitro.
Por isso, a doação de sangue representa papel fundamental para salvar vidas. Recebendo as plaquetas na transfusão, o paciente pode recuperar sua capacidade de cicatrização e diminuir o risco de hemorragias. No entanto, justamente por serem as células responsáveis pela coagulação, o cuidado deve ser redobrado.
Concentrados de plaquetas que não foram corretamente agitadas podem acabar formando coágulos, e assim, o sangue já não pode mais ser utilizado. Portanto, o agitador de plaquetas deve estar funcionando nas condições ideais, garantindo o bom estado do sangue. Afinal, uma bolsa de sangue perdida pode ser prejudicial para o paciente, principalmente com a falta de doadores atualmente. É o agitador de plaquetas que vai garantir que este material está em boas condições para ser recebido por um paciente.
Resumindo...
O agitador de plaquetas é importantíssimo em qualquer instituição de saúde que armazena ou receba bolsas de sangue. Agora que você já entendeu para que serve o agitador de plaquetas, é hora de saber como escolher esse equipamento e o que considerar na hora de adquiri-lo. Por isso, não perca nosso próximo artigo!
Até lá, você pode ir lendo o nosso post sobre cuidados básicos com o equipamento hospitalar!
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