Autoclaves: saiba o que são e quais os principais tipos existentes

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Dentro das centrais de materiais esterilizados (CME) hospitalares, existe um equipamento de extrema importância, a autoclave. Ela tem como função a esterilização de materiais que são utilizados nos processos cirúrgicos. Através da utilização de calor úmido sob pressão, podemos garantir a eliminação dos micro-organismos contaminantes. O uso desse equipamento garante uma maior segurança tanto para os pacientes quanto para os funcionários que farão uso do material esterilizado.

Como funcionam as autoclaves?

A operação básica de funcionamento ocorre da seguinte maneira:

A carga deve ser preparada antes do carregamento da autoclave. Posteriormente ocorrem o pré vácuo (remoção do ar da câmara interna), o aquecimento (tempo necessário para que a autoclave atinja a temperatura e pressão programada) e a esterilização. O processo não acabou nesse ponto ainda: nas próximas fases teremos a secagem, onde ocorre a remoção dos vapores e a pressão interna é igualada a externa e a abertura da porta para que ocorra a redução da temperatura do pacote. O processo dura entre duas a quatro horas.

Para validar os processos dentro de uma CME, um dos passos necessário é a qualificação térmica dos equipamentos como a autoclave.

Mas você qual a diferença entra qualificação e validação? Caso tenha dúvidas, publicamos um artigo explicando a diferença e quais as principais atividades!

Quem é responsável pela aquisição e manutenção das autoclaves?

A partir do momento em que o hospital identifica a necessidade de obter uma autoclave, o primeiro passo é realizar o levantamento dos requisitos. Essa etapa do processo é realizada pelo engenheiro clínico responsável junto aos fabricantes.

Após receber o equipamento, o engenheiro clínico, em conjunto com a oficina do hospital, ficam responsáveis pela instalação e teste de aceitação do mesmo. Por fim, o próprio fabricante ou a equipe interna de Engenharia Clínica assume as manutenções preventivas e corretivas, calibrações e qualificações, sempre sob o supervisão do engenheiro clínico ou de um técnico.

Se quiser saber mais sobre como a Central de Materiais Esterilizados e o setor de Engenharia Clínica se relacionam dentro de um hospital, de uma olhada nesse guia que preparamos!

Tipos de autoclaves

Existem basicamente dois tipos de autoclave que são as de pré vácuo e as gravitacionais:

Autoclave de vácuo único: remove o ar de uma vez em um curto espaço de tempo. Nela pode ocorrer a formação de bolsas de ar.

Autoclave de vácuo fracionado: o ar é removido ao mesmo tempo em que ocorre a injeção fracionada de vapor. Como a remoção do ar não ocorre de forma rápida, probabilidade de formação de bolsas de ar é bem reduzida com relação ao primeiro tipo de autoclave.

Autoclave de alto vácuo : remove o ar com o auxílio de uma bomba de vácuo e introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com o ambiente em vácuo. Devido a presença da alta capacidade de sucção de ar, ela é considerada uma das mais seguras.

Autoclave de gravitacional: o vapor é injetado forçando a saída do ar por gravidade. O ar contido no interior da câmara é mais frio que o vapor e, portanto mais denso. Assim, é possível eliminá-lo através de uma válvula localizada na superfície inferior. Como há a permanência de ar residual, ela não é muito recomendada para esterilização de materiais densos ou porosos. Outro problema advém da presença de umidade no final do processo o que contribui para uma limitação na fase de secagem.

Conclusão

O uso correto das autoclaves e a escolha da mais apropriada para o ambiente no qual ela funcionará, assegura a eliminação de contaminantes. Desta forma ocorre o aumento controle de infecções que é um problema enfrentado por diversos estabelecimentos de saúde.

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Mariane Modesto

Mariane Modesto

Mariane Modesto Oliveira é graduanda do 7º período de Engenharia Biomédica na Universidade Federal de Uberlândia. Está há um ano e meio no estágio no Setor de Processos do Hospital das Clínicas da UFU. Antes de ingressar no atual curso, era graduanda do curso de Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Lá participei da fundação da primeira empresa jr. de Engenharia Mecânica, a Mectria Jr. e pode fazer um intercâmbio para a França através do programa BRAFITEC. Após todo esse percurso se encontrou na Engenharia Biomédica.
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