Engenharia hospitalar 4.0: Serei seguidor ou protagonista?

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Revolução 4.0 …

se esse termo te assusta ou se você enxerga essa nova fase como um panorama futurista, sugiro que se prepare, pois já é uma realidade.

A integração das tecnologias físicas e digitais está deixando importantes eras cada vez mais distantes, meios antes vistos como tecnológicos hoje já são considerados ultrapassados.

E se é de seu interesse acompanhar todas essas mudanças que estão acontecendo também no ambiente hospitalar, atualize-se!

Afinal o que é essa revolução?

Atravessamos épocas importantes de grandes descobertas, inicialmente máquinas a vapor e engrenagens diminuíram esforços humanos, posteriormente a evolução da energia elétrica e a tecnologia da informação deram continuidade no amparo a produção de bens e serviços.

E agora vindo dos alemães, o conceito Indústria 4.0 já aplicável no nosso cotidiano traz consigo mudanças na manufatura, nos serviços e no comportamento do consumidor.

4.0

A integração de máquinas, dispositivos e insumos por meio  da combinação de sensores, internet e uma lógica que busca otimizar de forma inteligente os recursos trabalhados em variados processos.

E este novo modelo de eficiência é revertido na área da saúde pela produção de novas tecnologias de ativos, nas operações e processos dentro do hospital e na outra ponta com os pacientes.

Como exemplo, temos gigantes da área farmacêutica que já chegaram a investir cerca de US$ 1,9 bilhão em coleta e tratamento de dados clínicos para tratamento de pacientes com câncer.

Estruturação da indústria 4.0

Existem pilares que formam esse novo conceito e colaboram para a transformação da forma de se trabalhar, visando aplicar-se com mais prevenção e menos esforço, através dos seguintes apoios:

Big Data: como o próprio nome diz “grandes dados” são expressos em um volume alto de informações soltas e geralmente esses conjuntos de informações são originárias de comportamentos de máquinas, mercado, pessoas e vai além.

Segurança da informação: de posse dos dados é preciso preserva-los pois tais informações se tornam parte dos ativos da empresa devida sua importância nas estratégias da organização.

Nuvem: a computação em nuvem trata-se de um tecnologia de armazenamento que dispensa dispositivos físicos para armazenar as informações, permitindo o usuário acessar, consultar, editar e reunir todos os dados em um servidor na internet.

Mobilidade: o uso da tecnologia possibilita interagir e monitorar os processos das organizações de qualquer lugar, já que a conexão acontece por meio da internet.

O que você pode fazer hoje na sua engenharia hospitalar para estar preparado para o  amanhã?

Podemos observar até aqui que a indústria 4.0 é totalmente envolvida por conectividade, tudo isso para transferir esforços, retirando ações manuais que não agregam valor dentro do ciclo produtivo e podem ser realizadas por meios automáticos.

Então, seguindo esse conceito comece avaliando e eliminando o que absorve seu tempo no dia a dia da assistência que poderia ser feito de maneira mais ágil sem a necessidade de um alto grau de interação humana.

Costuma trabalhar com seus registros das manutenções com planilhas isoladas ou papéis que não se aderem a integração das informações? Se sim, te informo que você está indo contra o movimento do desenvolvimento.

Os dados precisam ser confrontados e correlacionados, se esses relatos estão desacompanhados em meios distintos, será trabalhoso estabelecer relações entre os elementos coletados.

Busque por capacitações que irão trazer uma  maior perspectiva das novas tecnologias e facilitar a adequação desse novo modelo de negócio. Alerte, estimule e treine seu corpo técnico e clientes a se envolver com ferramentas que os aproximem dessa realidade.

Falando em ferramentas, opte por aquela que trabalhe por você e te gere confiança desde a coleta de dados até o fornecimento da informação já tratada. Sua gestão já está presente no seu celular, seus ensaios metrológicos tem a possibilidade de dispensar revisões humanas e a rastreabilidade dos seus ativos nunca foi tão dinâmica.

Concluindo…

A mudança ultrapassa a evolução das tecnologias. Essa é uma parcela considerável da transformação do mercado, mas a atualização no conjunto de habilidades e pensamentos das pessoas que conduzem e operam processos é essencial para se manter competitivo.

O cenário do setor da saúde irá sofrer impactos e isso é inevitável, os equipamentos serão outros, logo os problemas e as soluções também. A interpretação da engenharia dentro dos hospitais deverá sofrer reformulações para acompanhar a revolução.

Hoje, muitos hospitais já adotaram ferramentas e estratégias de automatização, buscando formas otimizadas de concluir projetos. Para entender melhor a automação hospitalar, confira este artigo. 

A busca por atualização é uma opção e a sobrevivência neste novo mercado é reflexo da sua escolha.

Bruno Alexandre Godinho de Melo

Bruno Alexandre Godinho de Melo

Bruno Alexandre é engenheiro de produção e formado como técnico de manutenção, possui mais de 5 anos de experiência em processos de manutenção. Atua na Arkmeds como consultor de processos, e é fascinado por análise e otimização de processos. Considera que sempre existe uma melhor forma de obter os melhores resultados através de um fluxo de trabalho automatizado, buscando sempre soluções que tornam a área da saúde mais eficiente e confiável.
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