Avaliação de Tecnologias em Saúde: Como tomar decisões inteligentes na Engenharia Clínica

Postado em

A engenharia clínica vive um momento de transformação acelerada. Com a crescente demanda por eficiência, segurança e qualidade no cuidado em saúde, o simples conhecimento técnico não é mais suficiente. Hoje, profissionais dessa área precisam compreender profundamente o ciclo de vida das tecnologias, desde a incorporação até o descarte. Neste contexto, a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) emerge como ferramenta essencial para tomadas de decisão baseadas em evidências.

Este artigo, baseado no material exclusivo da Arkmeds Academy, oferece um mergulho completo nesse tema fundamental para quem deseja atuar com protagonismo no setor.

O Que é a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS)?

A ATS é um processo sistemático, multidisciplinar e baseado em evidências que visa informar a tomada de decisão em saúde quanto à incorporação, uso, gestão ou desinvestimento de tecnologias. Ela analisa aspectos técnicos, clínicos, econômicos, regulatórios e sociais, garantindo que apenas tecnologias seguras, eficazes e custo-efetivas sejam adotadas.

Por que ATS é Importante para a Engenharia Clínica?

Sem um processo estruturado de avaliação, instituições podem desperdiçar recursos preciosos com tecnologias inadequadas, obsoletas ou perigosas. Pior: podem colocar a segurança do paciente em risco.

A engenharia clínica atua como elo entre a inovação tecnológica e a prática hospitalar. Cabe a esses profissionais analisar criticamente cada nova incorporação sob a ótica da eficiência, funcionalidade, segurança e sustentabilidade.

Os Pilares da ATS

1. Avaliação Técnica

Foca na eficácia, desempenho, compatibilidade e segurança do equipamento. Envolve testes, revisão de manuais, opinião de especialistas e literatura técnica.

2. Avaliação Clínica

Analisa como a tecnologia impacta a prática médica, os fluxos assistenciais, o cuidado ao paciente e a resolutividade dos procedimentos.

3. Avaliação Econômica

Inclui análises como:

  • Minimização de custos (quando tecnologias têm eficácia semelhante)

  • Custo-benefício (avaliando o retorno em moeda)

  • Custo-efetividade (avaliando resultados clínicos)

  • Custo-utilidade (relacionado à qualidade de vida)

  • Impacto orçamentário (quanto custa no orçamento da instituição)

4. Avaliação Regulatória e de Segurança

Inclui o monitoramento de alertas (como os da ANVISA), conformidade com normas como ISO 13485 e RDC 16, rastreabilidade e documentação completa.

5. Avaliação Social e Organizacional

Considera o impacto da tecnologia na jornada do paciente, na formação da equipe e na cultura institucional.

O Ciclo da Tecnologia em Saúde

Incorporação

A tecnologia é selecionada com base em necessidade clínica real, evidências de eficácia e análise de custo-benefício.

Utilização

Deve-se manter rastreabilidade, manutenção preventiva e preditiva e controle de desempenho com KPIs como MTBF e MTTR.

Monitoramento

Envolve tecnovigilância, gestão de riscos, indicadores de performance e acompanhamento dos resultados clínicos e financeiros.

Desativação e Descarte

Deve ocorrer com critérios técnicos, regulatórios e ambientais. O ciclo se completa com a análise dos dados para embasar futuras decisões.

Tecnologias Emergentes: O Papel do Engenheiro Clínico

Inovações como Inteligência Artificial, Robótica, IoMT e impressão 3D trazem grandes oportunidades e riscos. O engenheiro clínico 4.0 precisa acompanhar de perto essas tecnologias, avaliar criticamente e saber propor a melhor forma de incorporá-las.

O que está em jogo?

  • Desperdício de recursos com tecnologias mal escolhidas

  • Riscos para a segurança do paciente por falhas ou obsolescência

  • Dificuldades em auditorias por falta de evidências e registros

  • Baixo aproveitamento de equipamentos de alto custo

  • Perda de competitividade institucional

Como a ATS Pode Mudar a Sua Realidade

Com um processo de ATS estruturado, é possível:

  • Justificar investimentos

  • Planejar desativações

  • Priorizar aquisições

  • Reduzir riscos regulatórios

  • Aumentar a eficiência do parque tecnológico

A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é muito mais do que uma obrigação regulatória, ela é uma ferramenta estratégica indispensável para engenheiros clínicos, gestores e tomadores de decisão. Dominar a ATS é transformar o modo como sua instituição incorpora, utiliza e inova com tecnologias em saúde.

Se você busca se destacar no setor, aumentar a eficiência do parque tecnológico, reduzir riscos e justificar investimentos com dados e evidências, esse é o caminho. ATS permite decisões mais seguras, eficientes e com impacto real no cuidado ao paciente.

Quer aprofundar esse conhecimento e acessar ferramentas práticas?

Nesta terça-feira (25/06), às 20h, teremos uma live especial no YouTube com a professora Dra. Léria Holsbach.

No encontro, vamos explorar:

  • Como aplicar a ATS na prática da engenharia clínica

  • Exemplos reais de decisões estratégicas em tecnologia hospitalar

  • O papel do engenheiro clínico 4.0 como agente de transformação

Além disso, os participantes terão acesso exclusivo ao material completo durante a live.

📺 Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=HD6y8UvSku0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

0 0 votos
Classificação do conteúdo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x
pt_BRPortuguese