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Manutenção preventiva em Hospitais: como deve ser feito?

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A manutenção preventiva em hospitais é caracterizada por atividades que previnem o aparecimento de problemas, mantendo os equipamentos médicos em boas condições de operação. São atividades que evitam o desgaste desnecessário das tecnologias em saúde para que não ocorra queda ou falha inesperada do equipamento.

As vantagens de introduzir esse tipo de manutenção são a redução de custos, o aumento da vida útil do equipamento e a segurança para o paciente. Quando implementada e executada adequadamente, reduz as solicitações de manutenção corretiva, que ainda correspondem a 85% em hospitais. 

Também proporciona maior vida útil dos equipamentos eletromédicos porque, por meio dessa estratégia, ocorrerão mais reparos programados, aumentando a segurança e o desempenho do aparelho. Em relação ao paciente, a manutenção preventiva pode identificar situações simples: luz queimada de um aparelho ou falha do eletrocardiógrafo para imprimir o laudo; não acionamento de alarme em equipamentos cardíacos; erros no gotejamento de substâncias na bomba de infusão; choque elétrico e outras.

Funciona basicamente como a revisão programada de um veículo. Nos dois casos é necessário um roteiro objetivo eficaz. Além disso, uma dica importante é definir prioridades. Dessa forma, é possível saber o que é mais urgente. Entenda mais sobre definição de prioridades na manutenção nesse artigo:

Defina Prioridades e Melhore o Desempenho de suas Manutenções Preventivas

A manutenção preventiva deve ser vista como um benefício à longo prazo, principalmente por garantir o aumento do ciclo de vida dos equipamentos. Compreendendo as etapas da manutenção, técnicos e engenheiros clínicos conseguem garantir o bom funcionamento do hospital.  

Etapas da manutenção preventiva

A manutenção possui algumas etapas, que garantem os bons cuidados com os equipamentos. Listamos essas etapas para entender melhor o que é feito em cada uma delas! Confira abaixo: 

1. Inventário

Consiste no cadastro de todos os equipamentos por meio de um formulário padrão adotado pelo hospital. Nesse documento deve constar: nome do equipamento, modelo, fabricante, número do patrimônio, contato da assistência técnica autorizada, validade da garantia, data e setor da instalação e tipo de manutenção realizada.

2. Grau de utilização e análise do risco

Deve-se avaliar a frequência de utilização dos equipamentos e sua importância estratégica no funcionamento dos setores. Equipamentos muito utilizados tendem a desgastar mais rapidamente, o que não ocorrerá nos aparelhos de pouca utilização. Equipamentos cuja paralisação acarrete perda de receita devido à interrupção das atividades do setor também devem ser analisados criteriosamente. Quanto à análise do risco, é importante avaliar o dano que pode causar no paciente ou operador caso seja detectada uma falha inesperada.

A partir desse diagnóstico, a equipe de manutenção determinará quais atividades serão mais indicadas para cada equipamento.

3. Tipos de atividade

Primeiro deve-se comunicar formalmente o setor onde será realizada a manutenção, com uma estimativa de tempo. É importante listar as ferramentas necessárias para a execução das tarefas descritas para cada equipamento. Podem ser requeridas atividades simples de inspeção visual do equipamento (integridade da superfície externa, condições dos fios condutores, desgastes das engrenagens etc.) e posterior limpeza com os produtos adequados. Também serão avaliadas: troca de peças genuínas, lubrificação, aferição e calibração dos equipamentos conforme orientações do fabricante.

Os testes de desempenho e segurança dos equipamentos constituem ações para verificação elétrica e radiológica, e possíveis contaminações. Alguns equipamentos devem realizar e documentar a manutenção preventiva para adequação aos órgãos sanitários (Anvisa) e de segurança (CNEN). Todas as atividades realizadas devem ser registradas no cadastro do equipamento que será arquivado no serviço de manutenção.

4. Estabelecimento da periodicidade da manutenção

Com base nas manutenções já realizadas, na vida útil das peças genuínas e nas recomendações do fabricante, é possível estabelecer a frequência de visita aos setores.

Concluindo…

Todas as etapas descritas são cruciais para a implantação da manutenção preventiva e devem ser modificadas conforme a rotina do hospital. É preciso também ser discutida e aprovada pelos representantes do corpo técnico, do corpo administrativo e do setor de gestão de equipamentos. Este último faz parte da engenharia de manutenção, que tem como objetivo manter a disponibilidade do equipamento utilizando a melhor técnica com o menor custo.

Viu só como a manutenção preventiva desempenha importante papel na medicina? Agora que você já entendeu as etapas desse processo, que tal aprender boas práticas de manutenção e como avaliar resultados?

 Ficou alguma dúvida? Deixe aqui nos comentários. 

Thiago Bajur

Thiago Bajur

Thiago Bajur é co-fundador da Arkmeds. Escreveu um livro aos 11 anos de idade, o Zot. Estudou Engenharia de Sistemas Médicos na OVGU, Magdeburg Alemanha. Desenvolveu o primeiro analisador de segurança elétrica automático do Brasil. Já foi Juiz na German RoboCup, maior evento de Robótica do mundo. É Apaixonado por inovação e quer transformar a forma como é vista a Engenharia Clínica.
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8 anos atrás

[…] Essa conduta será mais vantajosa para o hospital, pois fará um rastreamento dos equipamentos que estejam aptos para funcionar, e os demais serão encaminhados para o serviço de manutenção. Saiba mais sobre manutenção preventiva em hospitais.  […]

trackback
8 anos atrás

[…] ou ao tempo de paralisação do equipamento. O segundo aponta para os fatores que influenciam a manutenção preventiva ou corretiva realizada, assim como o número de ordens de serviços solicitadas, em aberto ou já […]

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